4 anos

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vadiando fez 4 anos dias atrás e eu nem tchungas :/
mas pra comemorar vou postar aqui um email que recebi semana passada que me deixou muito feliz e que me faz manter esse blog, nem que seja às custas dos pássaros e das fotos 🙂
“Querida Lilia,
Sou uma leitora silenciosa de seu blog, e foi um prazer muito grande conhecê-lo por acaso. Logo nas primeiras espiadas fiquei encantada, e fiquei um tempão ‘viajando na sua” rsrsrsrsrs.
Um tempo depois disso, chegou às minhas mãos um livro, o qual tinha um texto que eu gostaria de dividir com você. Claro que não sei de toda a sua vida, um blog dá pistas mas não descobre completamente o interior de ninguém, mas esse texto me lembrou na hora de você porque, primeiro, usava como metáfora um esquilo, cuja figura desde criança me comove e eu pude “observá-los mais de perto” através dos seus olhos. Depois, alguma coisa nos seus textos me disse que de alguma forma você agora encontrou de verdade seu lugar na vida, no mundo. Parece assim que viveu a metade de uma vida e viajou a metade do mundo pra poder encontrar sua casa, seu lugar, seu lar, seu amor, numa pátria que não é a sua. Ainda por cima um dia desses vi o filme “vôo 93”, e eu pensava em todo aquele absurdo e como o destino conspirou pra você e seu marido estarem juntos…
Enfim, poucas pessoas me parecem tão à vontade com a vida. O que definitivamente não quer dizer sem problemas, né?
Com carinho, segue o texto.
Mieline

“Todos os dias, observo que um esquilo se sente perfeitamente à vontade num mundo de árvores. Mas imagine retirar aquele esquilo dali e atirá-lo no meio de um deserto. Imediatamente, esse animal maravilhoso ficaria deprimido, ansioso, confuso, completamente perdido. Existem muitos animais que vivem no deserto, mas não é o caso do esquilo.
esquilocomendobirdbath.jpg Não existe nada de errado com aquele esquilo abatido no deserto. Ele é perfeito. Mas ele só é perfeito quando está em casa, num lugar cheio de árvores. Um esquilo num deserto fica infeliz e não se adapta.
Agora, imagine fazer uma coisa absurda: pegar esse esquilo no deserto e levá-lo ao consultório de um terapeuta para ele se sentir melhor. O próprio esquilo diria que isso é tudo bobagem! Você pode até fazer terapia para esquilo eternamente, mas, enquanto ele estiver num deserto, será infeliz. Mas, se você o levar para um lugar com árvores, ele se sentirá em casa e ficará feliz novamente.
Existem muitas pessoas infelizes porque são esquilos no deserto. Elas acham que há algo de errado com elas. Elas vivem tentando se adaptar, mas essa adaptação não funciona. Mesmo assim, elas continuam tentando porque é difícil assumir a falta de adaptação no mundo. Além disso, seria muito simples se elas pudessem entender que não existe nada de errado com as pessoas que elas são, mas sim com onde elas estão. De alguma maneira, de um jeito marcante, elas não se sentem à vontade diante da vida.
Mas elas podem se sentir mais à vontade do que jamais imaginaram. Elas só têm de entender como os eventos à sua volta estão lhes mostrando o caminho de volta para casa. Como é disso que precisam, o universo está fazendo todo o possível para oferecer-lhes.” (Mira Kirshenbaum – O acaso não existe, pág 76)
bem bom né naum?

redundância

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o nome dessa planta/flôr é ave-do-paraíso.
e hoje é sexta 13.
tem algumas palavras que não fazem mais parte do meu vocabulário. sorte e azar são duas delas.
se olhar bem direitinho, por trás da sorte e do azar tem muito é pensamento vibrando num rumo ou num outro.
pensou bem muito no bem-bom ? sortudo!
pensou bem muito no não-bom (medos, dúvidas, xurumelas, queixas, reclamações)? azarado!
pois que a vida seja bela, boa e fácil, que nem no paraíso 🙂

aberta a temporada de pedaladas de 2007

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o plano pra sábado era achar uma trilha pros lados de tampa e st. petersburg pra gente além de pedalar, conhecer essas cidades.
achamos a trilha que ficava assim no meio do nada, pedalamos um pouco e pegamos uma estradinha secundária que passava pelas cidadezinhas de praia. a fome foi apertando e resolvemos almoçar em clearwater beach. é um lugar bem legalzinho, tipo balneário, cheio de hoteis e condomínios na beira da água.
[as fotos o gato comeu. melhor culpar o gato do que assumir que esqueci a camera em casa :-)) ]
a comida foi daquelas com gosto de nada-com-coisa-nenhuma, e como o dia ja estava acabando, resolvemos voltar pra trás sem conhecer tampa nem st. petersburg. mas, me aguardem, que em breve a gente volta lá.
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no domingo fomos pedalar pelos arredores da cidade (winter park) mesmo. quando chegamos num pequeno parque à beira de um lago (sinceramente eu não sei quantos lagos tem por aqui, só sei que é uma ruma!!), vi uma enorme garça branca pousando numa árvore imensa. quando olhei pra cima não era somente uma, mas vários casais, fazendo ninhos, alimentando, chocando… e eu chocada com a beleza desses pássaros e a imagem inusitada deles trepados na árvore.
nos galhos ainda mais altos, trocentos outros ninhos desse pássaro abaixo, que até agora eu me perguntava porque eles sempre ficam com as asas abertas, como que tivesse secando. uma rápida busca pra saber o nome deles em portugues, achei as respostas.
anhinga_lakevirginia_2007easterweekend240.jpg Carará (Anhinga)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
“O carará (Anhinga anhinga) é uma ave pelicaniforme anhingídea, também conhecida como anhinga, arará, biguatinga, meuá, miuá e muiá. A espécie habita os rios e lagoas do Sul dos E.U.A. até ao Norte do Chile e da Argentina.
As penas do carará não são impermeáveis como as dos patos e não segregam óleo qie mantenha a água à distância. Em consequência, as penas podem armazenar quantidades de água que provocam a má flutuação do animal. Esta característica é no entanto uma vantagem, visto que permite ao carará um mergulho mais eficiente debaixo de água. Tal como os outros membros da família Anhingidae, o carará caça durante mergulhos em que fica totalmente submerso. Quando necessário, o carará seca as penas abrindo as asas ao sol.”
tá pensando o que? vadiando é cultura, completamente inútil, mas e daí né naum?