jacarés nunca mais & encontros

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ano passado nós fizemos um passeio de carro por um parque onde tem muitos pássaros e também jacarés. e desde então pensamos em pedalar por lá que é bem bonito, beirando o mar e o mangue. ontem foi feriado por aqui e nós fomos. começamos a pedalar e eu a me deliciar com o tanto de pássaros. e de repente vimos o primeiro jacaré, imenso, impávido, tomando sol. ficamos animados e quando vimos um carro vindo, fomos logo avisando: “tem um jacaré enorme ali na esquerda”. e ele respondeu: “mais à frente tem uns 15!!!” eu achei que era exagero do cara, mas não era naum. tinha jacaré estendido no sol por todo o caminho. tá certo que eles todos estavam bem quietos, imóveis, se esquentando ao sol. tinha de topo tamanho e a quantidade deles foi me assustando. quando me toquei que se um bicho desse decidisse passear um pouco e atravessar a estradinha o que seria de mim? naaaaammmmmmm.
pra completar a câmera ficou em casa e essa foto acima é única pra contar a estória, tirada do celular.
quero bem muito voltar nesse lugar porque o espetáculo de pássaros é belo, mas quero ver tudo de dentro do carro e não mais exposta feito isca pra jacaré. naninanam, tou fora jacaré hahahaha
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depois desse passeio “arriscado”, fomos procurar um lugar pra almoçar na beira do mar e achamos um pier bem legal (quer dizer, legal porque tá no inverno e chegamos já no final da tarde com vento frio, mas imagino que esse lugar no verão deve ser um inferno de cheio), com alguns bares e restaurantes ao longo dele. no final um barzinho que eles chamam de “tiki-bar” onde esse pelicano parecia muito à vontade com os humanos (eu que tou toda dura com medo que ele voasse). ficou aí nesse canto por todo o tempo que bebemos nossa frozen margaritta.
e por falar em pelicano, no final de semana anterior nós pegamos estrada no rumo de jacksonville onde mora a Ingrid e onde a Mirella e Kiko estão atualmente. íamos nos encontrar na casa da Ingrid no começo da tarde de domingo, daí resolvemos sair daqui no sábado e conhecer devagarinho a costa perto de daytona beach. e eis que na primeira parada que a gente fez num lugar chamado oak hill, me deparo com esses belos pelicanos:
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aprendemos por um morador local que eles migram todo ano no inverno, vindo do canadá e dos estados mais ao norte dos estados unidos. eu também migraria porque inverno na florida é tudo de bom hehehe.
dormimos em daytona beach e na manhã seguinte fizemos uma caminhada bem legal pela praia onde encontrei essa ruma de gaiovotas do post abaixo. depois rumamos pra jacksonville e foi muito bem bom encontrar esses amigos novamente.
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a Mirella e o Kiko eu só tinha encontrado uma vez em 2004, ainda quando morava em hoboken. e é por essas e outras coisinhas tão boas que eu não consigo fechar o vadiando. levo assim na valsa, mas levo porque ele me deu e ainda me dá um monte de alegrias.

2008!

clique no título e veja que delícia. e abaixo se delicie com essa crônica dela:
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Um Ano Guerreiro
Claudia Letti
A Roda da Fortuna, cores vermelha e marrom, planeta Marte, Ogum, Xangô e Iansã, Números 1 e 10, Rato no Horóscopo Chinês. Tudo isso vai simbolizar, reger, orquestrar os dias de 2008, um ano em que dançar conforme a música não parece ser a atitude mais apropriada, exceto, é claro, se você for um exímio dançarino. Com todo respeito e admiração pelo Mestre Pagodinho, deixar a vida nos levar pode ser um enorme desperdício.
Marte pede novos começos, inícios, colocar a coragem, a ousadia e a vida em movimento no trabalho, num empreendimento, num relacionamento ou num hobby. Este não será um ano para ficar comendo mosca ou para investir tempo e paciência em projetos aposentáveis. Deixemos o comodismo para anos menos animados. A hora é agora, urgente, impulsiva, assertiva. Pra quem gosta de pesar os prós e contras de qualquer decisão antes de dar um passo adiante, 2008 talvez apresente um dos 10 raios da Roda da Fortuna, a carta do Tarot que pode girar e virar a vida de ponta cabeça, pedindo atitudes, esteja você munido de coragem ou não. O Deus da Guerra exige que você lance seus dardos e quanto menor o medo, maiores a chances de acertar o alvo.
Irritabilidade e impaciência podem ser manifestos no seu dia-a-dia e se você não gosta de ter arroubos temperamentais, é melhor não ficar pensando na morte da bezerra porque, do contrário, essa energia bruta que comandará o ano, vai dar um jeito de irritá-lo de algum modo, pra que você dê a partida e arranque. Arrancar, aliás, é a palavra de 2008.
Se na astrologia ocidental Marte quer anunciar guerra, na oriental, os chineses creditam a um ano de Rato, um tempo de abundância e de boas perspectivas para os negócios de um modo geral. O horóscopo Chinês afirma que um ano de Rato é propício à paz e tece um tempo onde as catástrofes acontecem em menor número. Mas, quem disse que Marte não quer a paz especialmente se através dela se pode vencer?
Marte pode estar apenas nos pedindo por uma batalha interna, uma mudança de atitude que levará a execução de sonhos, de objetivos, de modo a se sentir recompensado, reconhecido, realizado.Trocando em miúdos, vencer nossas lutas internas sempre tem um sabor de vitória. É como declarar guerra à falta de atitude para atingir a paz de espírito. De todo modo, Rato e Marte concordam que os empreendimentos iniciados em seus anos de regência tem mais chance de sucesso. Que assim seja!
Ogum (o velho e bom São Jorge da Igreja Católica), um dos orixás regentes de 2008, segundo a Umbanda, tal como Marte, igualmente estimula a combatividade, a liderança e a agressividade. Iansã, a Deusa dos Ventos, suscita coragem e impulsividade. Xangô, outro regente umbandista, influencia as atitudes enérgicas acompanhadas de um bom tom de autoridade. Autoridade e liderança são vibrações do número um (2+0+0+8=10 =1), que também aguça a capacidade intelectual, a inteligência e a disposição de assumir riscos. Xangô ainda fortalece os estudos e as pesquisas e é também a imagem do sábio, da justiça que um dia chega. Justiça é a carta de Tarot representada pelo número 8… E, enquanto estou escrevendo esta crônica e os símbolos tem conexões tão claras entre si, fico pensando que não dever mesmo ser por acaso.
Podemos acreditar em tudo isso ou simplesmente ignorar como bobagens “esquizotéricas”. Como não sou taróloga, numeróloga ou umbandista, pesquisei sobre os regentes e as cartas por pura curiosidade. Não sou expert em previsões, mas gosto desses ventos que sugerem mudança, melhora, abundância. Felicidade. Talvez 2008 seja um ano pra isso mesmo, pra exercitar a curiosidade, ser criativo, ousar um primeiro passo, não olhar pra trás e, sem deixar a vida nos levar, tratar de assumir logo a frente de combate.
Bem, se pra você Marte é apenas um planeta, um rato é somente um roedor, um Orixá não lhe diz muito, um Arcano é uma carta e um número não passa de um número, então, definitivamente somos os senhores do nosso destino e podemos determinar quando e onde seremos felizes. Pode ser cantando Ben Jor, vestido e armado com as armas de Jorge ou cantarolando Gonzaguinha, afinal guerreiros são fortes, são frágeis, são meninos — como esse ano novinho, criança, brincando de dar seu grito de guerra.
Se for apenas isso, simples assim, que seja um grito claro e cheio de energia pra encher e preencher esse 2008, esse ano guerreiro, com muita alegria.
Saúde!
e como diz uma amiga, “Parabéns!! Você acaba de ganhar um ano inteiramente novo!.”