FELIZ IDADE, BRUNÃO!

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22 anos atrás você se “agoniava” pra sair daqui de dentro.
hoje eu que sento no seu colo. ainda bem!
hoje eu que “mamo”, me alimento de ver você ser o que voce é.
no seu aniversário eu que sempre ganho o maior presente: você ser essa pessoa linda com esse coração grandão cheio de amor.
este ano a geografia ta separando, mas se você sentir direitinho vai “ver” que tou perto, bem perto…
celebremos então, essa data querida!
PARABÉNS PRA VOCÊ E SUPER AGRADECIDA, FILHO!
SAÚDE!
MUITA PAZ E BEM PROCÊ.

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surpresa!!

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pois é, estou no brasil! a vida é bela!
conto os detalhes amanhã porque hoje parece que ainda é ontem 🙂
UP DELEITE
pois é, resolvi fazer uma surpresa pro filhão. e consegui!! ainda não achei as palavras pra descrever as emoções. só sei que a ansiedade foi grande mas compensou: estamos todos felizes por aqui. num sei o que pode ser melhor do que ver um filho feliz. é TUDO nessa vida. estou grata e plena. mas ainda meio zonza :-))
o vadiando ficará em recesso até que eu tenha “tempo” pra sentar na frente desta tela de novo. as visitas e os e-mails ficarão atrasados, mas voces entendem, né?
que minha alegria respingue em voces!!

mães & filhos

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minha mãe,
já usei tudo quanto foi adjetivo com voce. todos verdadeiros e reais. então hoje vou usar outras palavras, belas palavras de uma bela amiga:
INVENTÁRIO
(LeilaEme)
No inventário da minha vida, descubro quão ricos foram os sorrisos que me destes, as luas que olhastes desejando meus melhores passos, as marés que observastes rezando minhas melhores braçadas, na medida certa dos tempos, dos temperos, do suor, dos cansaços.
No inventário da minha vida, sinto ainda tua mão alisando a barriga em que me gerastes, alisando minha bochecha grudada no teu peito, alisando meus cabelos para um rabo-de-cavalo perfeito, alisando as asperezas de cada malfadado ‘não’.
No inventário da minha vida, ouço tua voz embalando meu sono, teus aplausos aos meus acertos, tuas palmadas aos meus erros, teu sussurrar de bênçãos à cada despedida, teu suspiro de ‘segui em paz’ por meus caminhos.
No inventário da minha vida, vejo a dimensão dos teus sorrisos, os sulcos das preocupações em tua testa, as rugas comovidas em teu semblante, o aprendizado singular dos teus gestos, a vontade de que tenhas me ensinado tudo e… bem.
No inventário da minha vida, percebo tuas mágicas adivinhando minhas dores, meus talentos, um jeito encantado de suprir minhas necessidades, em cada um dos meus dias, de minhas idades, das inevitáveis saudades que se tornarão cada vez mais difícieis de matar.
No inventário da minha vida, repasso a tua.
Que, se dependesse de mim, seria mais suave, mais dourada, clara e confortável. Teu amor seria mais amado, teus sonhos todos mais acalentados, tuas mãos muito mais afagadas, qualquer lágrima tua verdadeiramente revertida em um novo sorrir e um sorrir de novo… de novo… de novo.
No inventário da minha vida, quer tenham vencido razões ou emoções, tu fostes o eixo do equilíbrio mais doído que só acontece quando se pesam os corações.
O mais é verbo a conjugar o mundo. Por dentro.
Porque no inventário de qualquer trilha, alcançadas ou não as intenções, sempre haverá uma mãe ou filha, rosário de Deus nas próprias mãos.
feliz dia, mãe! sinta meu abraço apertado cheio de amor, carinho e saudade.
um bom domingo pra todas as mães, pra quem não é mãe e pra quem tem mãe na terra e no céu!

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e eu também sou mãe. quisera ter sido “tão tanto” quanto a minha foi. fui e sou do meu jeito. muitas vezes desajeitada, outras tantas sem jeito. mas tenha uma certeza, filho meu, que meu coração é abarrotado de amor por você.
dois dias depois das mães, é seu dia.
dia que minha vida começou a ter mais vida.
dia que eu comecei a entender melhor o universo
dia que aprendi sobre emoção
dia que senti o maior dos prazeres
até os anjos eu ouvi cantarem
dia que o mundo virou mágica
e como mágica, ai está voce. 21 anos. uau.
queria fazer mágica pra voce ainda caber no colo
mas me basta o calor do teu abraço.
me basta ve-lo, assim, tão belo
tão generoso, tão íntegro, tão honesto
tão gente, tão tudo que eu pudesse desejar
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feliz idade! feliz ano novo!
eu te desejo hoje, e todo santo-dia:
saúde de ruma
paz na sua alma
alegria no seu coração
luz pra iluminar seus caminhos.
que se doer, passe logo
que voce sonhe, sonhe muito, nunca pare de sonhar
que voce se aceite, se ame bem muitão pois és belo,
e que se o medo aparecer, não se assuste
faço-o seu aliado e ele te protegerá.
que tenhas fé. muita fé na vida.
que arrange uma namorada, super bacana,
cheia de amor pra lhe dar
que voce seja muito feliz, meu filho!
porque a única coisa que verdadeiramente importa na minha vida, é te ver feliz.
o resto vem de lambuja.
te amo te amo te amo te amo te amo te amo te amo te amo te amo te amo te amo
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eu, mae


se eu nao tivesse tido um filho, certamente que eu teria perdido o prumo, o rumo, o fio da meada e so deus sabe onde eu teria ido parar. como uma boa aquariana, aventureira desprendida, possivelmente teria viajado muito pelo mundo afora, mas tive a oportunidade de fazer esta viagem infinita.
ja havia atravessado o atlantico duas vezes em veleiros. experimentei moradias curtas em porto rico e paris. agora iria navegar por outros mares. em 1983, fruto de uma paixao louca (pleonasmo?), engravidei. decidi que, embora a relacao com o pai fosse uma especie de “nosso amor nao deu certo, gargalhadas e lagrimas”, iria ser mae. tinha 22 anos.. ja morava sozinha e tinha um bom e interessante emprego numa afiliada da globo em fortaleza. a novela com a lidia brondi fazendo papel de mae-producao-independente ainda nao tinha comecado a passar, mas eu ja estava com a minha producao independente encaminhada. com o privilegio de ter uma familia super bacana, encarei a empreitada.
tive uma gravidez bem saudavel (mesmo nao tendo parado de fumar) apesar de trabalhar feito uma louca. bruninho nasceu de um parto cesariana, depois de todos os esforcos para ter parto normal. eu era natureba e queria parir de cocoras. fiz curso de respiracao e tive um cuidado alimentar impecavel. depois de mais de 6 horas em processo de dilatacao, fomos ao passo seguinte, o da explulsao. mas a cabeca nao passava nas ancas estreitas desta mulher de 1m48cm. quando pensou-se na posssiblidade de tira-lo com a ajuda de ferros, optei pelo corte. sem trauma.
amamentei durante um ano e meio. era a coisa mais maravilhosa ter aquele bebezinho lindo chupando loucamente meus peitos. quando voce ouvir alguma mae dizendo: “ele nao quer parar de mamar”, nao acredite. quem nao quer parar somos nos. eh bom demais. e tem o lado pratico. nunca fiz uma mamadeira de leite na minha vida e nossa bagagem era minima.
larguei o bom e interessante emprego porque nao aceitei a possiblidade de deixa-lo com uma baba e perder a viagem de acompanha-lo todas as horas. eles passam o resto da vida “grandes”. essa fase dos primeiros 3 anos era uma oportunidade de me reeducar, rever e ganhar novos valores, e eu nao quis perder isso.
aluguei meu apto e fui morar num sitio com uma amiga que tambem tinha parido ha pouco tempo. distante 80 km de fortaleza, o primitivismo fazia parte do lugar: nao tinhamos energia eletrica nem agua encanada. mas nao pense que a vida era dura por isso. pelo contrario, tinhamos a mordomia de ajudantes para os servicos bracais, e eu passava o dia inteiro dedicada tao somente a curtir essa viagem. quando o bruno dormia, ouvia-se o tilintar das moedas do I ching. era meu estudo de filosofia.
a vida intinerante seguiu-se ate 1986. da serra da palmacia nos mudamos para praia das goiabeiras, um bairro na periferia de fortaleza. desta vez na companhia de outra amiga que tinha 2 filhos um pouco mais crescidos. la montamos uma “mini-fabriqueta” de bolsas, mochilas e outros acessorios. eu cortava e administrava o orcamento e ela costurava. valia tudo pra trabalhar dentro de casa e continuar por perto.
nao durou muito, alguns meses depois estavamos indo pra franca. fomos morar em nantes. casa, comida, trabalho e um “marido” que nao estava nos planos. risos. ele era um amigo maravilhoso com quem fiz as viagens de veleiro, e quando la chagamos, ele estava a espera da familia pronta. porque nao tentar essa vida conjugal sem muita paixao? ele estava construindo um novo veleiro, e eu o ajudaria na construcao. serra eletrica, lixas, verniz, madeira e tintas passaram a fazer parte da minha vida. comparava o trabalho de tranformar tecido em bolsas com o corte da folha de compensado se transformando em camas, mesas e etc.
o inverno rigoroso e a saudade me levou de volta pro brasil alguns meses depois. dai em diante fiquei mais quieta. se eh que isso eh possivel. olhe onde estou agora.
bruninho cresceu com saude invejavel. minha mae nao se conformava dele nao ter “um medico”. e eu dizia: “mas mae, ele nao fica doente, como eh que vai ter medico?” claro que quando era bebe foi acompanhado por um pediatra, homeopata. cresceu sem precisar de remedios. nunca teve uma dor de garganta e o primeiro antibiotico que tomou foi aos 8 anos pra curar uma neglicencia.
sou uma mae satisfeita. onde investi e depositei minha atencao, carinho e amor, ve-se o resultado. onde falhei tambem eh visivel, mas pelo que me consta ainda nao nasceu nem mae nem filhos perfeitos.
aqui estou eu morando longe da minha cria desde fevereiro do ano passado. estive no brasil 2 vezes e agora seria o momento dele vir conhecer a vida por aqui e decidir onde queria morar. ele nao vem. continua la com muitos km nos separando. (e essa maravilhosa internet encurtando esta distancia).
e cá estou eu, carente, desabafando num blog quilométrico.

visto bruno


moidsch
negaram mais uma vez o visto pro meu filho vir me visitar. desta vez pedimos um visto temporario de estudante e mesmo assim eles nao deram.
money, money money. eh so uma questao de dinheiro. eh foda.
uma mistura de tristeza e raiva toma conta do meu coracao e da minha alma. to invadida por estes sentimentos. meu rosto ta inundado de agua salgada que escorre lentamente. este eh o gosto da tristeza. nao quero sentir revolta. nao quero nenhum outro sentimento ruim aqui dentro.
quero serenidade. quero luz pra ver as possibilidades futuras.
nao eh o fim do mundo. mas agorinha meu pensamento esta estagnado. imaginando como o bruno ta frustrado e decepcionado mais uma vez. e esta sozinho em recife.
queria ser uma fada agora, pra ir ate la e abraca-lo.
amanha… amanha. hoje eh so isso mesmo.

impotencia

eu fico irritada, frustrada e raivosa quando me sinto impotente. esse eh um sentiemento que nao aprendi a lidar de jeito nenhum.
ja aprendi que a trsiteza passa, que alegria volta. que a saudade pode ser boa. que a vida eh bela, que na roseira tem espinhos e que se segurar no galho com cuidado, nao machuca. e, se machucar, cuida que sara. ate ser menos ansiosa eu to aprendendo. (sera?). depois que vim morar aqui, o aprendizado esta, como se diz no ceara, igual a cantiga grilo. nao para. eh um exercicio diario pra nao ter pressa, pra esperar o tempo normal que as coisas precisam pra acontecer. ate porque nao tem outro jeito, a nao ser desse jeito.
mas impotencia eh foda. nao gosto de nao poder interferir, de alguma forma, pra mudar uma situacao. trabalhei muito, muito tempo fazendo as coisas acontecerem: shows, festivais, congressos, coquetel de inauguracao, o que fosse. nao existe impotencia nesses trabalhos. as coisas tem que acontecer e pronto. e ai eu que eu tenho essa coisa, de que tudo tem um jeito, de preferencia, do melhor jeito de acontecer. tudo tem uma solucao. mas eu to falando aqui de pedir visto pro filho vir me visitar!!!!!!!!!!!!!!

ano passado pedimos visto de turista e foi negado. logico. se nao comprova que tem grana, nao tem jeito, ainda mais na idade dele, 18 anos. agora estamos tentando um visto temporario de estudante. gente, eu so quero que ele venha me visitar. so isso. se um terrorista, rico, cheio da grana, quiser entrar neste pais, entra. period. nao tem fbi, cia nem inteligencia que de jeito. porque grana nesse pais eh o maior valor que existe. dinheiro, din din, grana, mufunfa. nao gosto dessa parte.
eu queria poder ir em algum lugar e dizer assim: “ei, eu to morando aqui com meu namorado, nos vamos casar em julho (oh yes!) e queria que meu filho viesse me visitar. ele ta morando com a vo em fortaleza. eu vim sozinha, pra ver como ia ser. periodo de experiencia, adaptacao. agora eu sei que quero ficar por aqui, um tempo. (os planos sao de ir morar no brasil quando deus der bom tempo). e ele, meu filho, quer vir conhecer, ver se ele quer morar aqui tambem. sera que num da pra deixa-lo entrar nesse “pais das maravilhas”??? eu juro por tudo que eh sagrado e prometo que ele nao vai ficar ilegal por aqui!”
bem doida, eu ne? mas vai da certo. torcam por mim!
O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso. (mario quintana)