esses bares ficam na quadra que eu moro, na west broadway. ontem o dia amanheceu chovendo, mas logo parou e um lindo sol apareceu. hoje o dia já começou ensolarado, parecia o céu de fortaleza. nenhuma nuvem. e as ruas cheias de gente por todo canto! a cidade se transforma completamente. os bares e restaurantes abrem suas portas e botam mesas nas calçadas. algumas árvores ainda estão nuas, mas outras já começaram a florar. os jardins cheios de flores. e os rostos das pessoas ficam com um sorriso aberto. o preto e o marron desaparecem e as cores vivas fazem a festa. viver em lugares com as quatro estações é muito legal, mas o frio é uma coisa medonha. e esse ano foi brabo. e além do frio propriamente dito, a gente ainda teve que se encolher todo com essa guerra. acabou? e agora? eu num sei não, mas eu tenho pra mim que esses “bushes” acharam que babado era bico e ainda vão engolir muito pão que o Sadam amassou! e enquanto eu tava escrevendo aqui, ouvi uma frase interessante do Andy Rooney (60 minutos-CBS): …”The economy is down the drain under George W. Bush, the rest of the world hates us and now that our soldiers – most of whom are Democrats – have won the war in Iraq, Bush doesn’t know what to do about the peace. ” vou tentar traduzir no meu inglês tupiniquim: A economia na administração do Bush tá escorrendo pelo ralo, o resto do mundo nos odeia e agora nossos soldados – a maioria deles é democrata – ganharam a guerra no Iraque, e Bush não sabe o que fazer com a paz. mãeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee, reza ai mãe, pra ele deixar de ser cowboy.
boicote?
É ruim, eim?
sera que os bushes
será que os bushes vão fazer igual como a polícia no Brasil fazia (ou ainda faz)? Será que eles são capazes de plantar umas evidências? de repente levar pro Iraq umas arminhas químicas, biológicas e/de destruição em massa, e esconder bem bonitinho, e depois de dizer: “achou”! porque, “tudo em quanto” é americano justifica essa guerra com essas tres palavras: weapons of mass destruction. não tinha argumento contrário que os fizessem discutir. qualquer tentativa de fazê-los pensar nas consequências de um ataque era em vão, e la vinham as 3 palavras mágicas.
e agora José? cadê a maior de todas as razões pra matar essa ruma de gente inocente? (segundo a CNN, 136 militares da coalizão, e segundo a Abu Dhabi Tv, 1.252 civis iraquianos, mais 5.103 feridos. não se tem notícia do número de militares iraquianos mortos!) e a pergunta continua no ar: Bush, porque você é desse jeito, Bush?
boring in usa
não consigo definir o que sinto diante dessas imagens de hoje em Bagdá. o dia inteiro essa CNN mostrou iraquianos vibrando, felizes com a libertação de Sadam. eu mesminha tou assim que nem o garfield, bored in the usa. a diferenca é que eu não estou deitada no sofá com uma lata de refrigerante largada, estou sentada à frente de tuas telas, computador e televisão, com minha cerveja do lado.
e os blogs tem se revelado a revolução da informação nesta guerra. no site da bbc a gente pode ler alguns dos relatos
Nada melhor do que nao fazer nada…
Nao sei se a gente já nasce com algumas habilidades, ou se o tempo vai nos ensinando. Mas a verdade é que eu sei não fazer nada bem direitinho. E o que é melhor, me orgulho cada dia que passa de ter esta capacidade. E de repente fui eleita(?) pra morar em NYC e não fazer nada!!! E tenho me deliciado todos os dias com esta condição. Doida, né? só pode! Mas tenho uma amiga que me entende completamente. Ela tambem faz apologia à preguiça! Oh coisa boa é ficar em casa. ainda mais com o clima frio e chuvoso conspirando em meu favor.
Oh coisa maravilhosa é não ter hora marcada pra nada. O meu namorado viajou, e essa semana nem hora pra arrumar a casa, fazer o jantar e tomar banho eu tenho! Será que o nome disso á liberdade? Pelo menos esse é o sentimento que tenho agora. Estou livre pra fazer nada a hora que eu quero. Obrigada senhor! A gente tem que ter muito cuidado com o que pede porque um dia a gente acaba conseguindo. E diz que quando Deus quer enlouquecer uma pessoa, ele da tudo que ela quer. Aindo não cheguei a este ponto de loucura. Ainda tem uns desejos não atendidos.
Mas voltando à liberdade de nada fazer, às vezes me admiro diante de tantos que vivem no ritmo não-posso-parar-se-paro-penso-se-penso-choro (da mesma forma esses tantos devem se admirar dessas pessoas como eu, que podem nada fazer o dia todo!). Eu paro, penso, penso, penso, penso e raramente choro, e na maior parte do tempo, sorrio de ter este previlegio. E já que estou tão vadia, resolvi escrever essas bobagem aqui.
A PIPOCA
Fui futricar nos meus arquivos e achei esse texto muito interessante … ele eh longo, por isso cortei um pouco, mas eh muito interessante. Quem se interessar pelo texto na integra pode pedir que eu mando.
…”A transformação do milho em pipoca macia é o símbolo da grande transformação por que devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro.
O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer; pelo poder do fogo podemos, repentinamente nos transformar em outra coisa voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e de uma dureza assombrosas. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser (e que não pode ser de outra forma).
Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão, sofrimentos cujas causas ignoramos.
Há sempre o recurso dos remédios (das fugas). Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum! e ela aparece como uma outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado.
É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante. Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá… Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar. Meu amigo William, extraordinário professor-pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca.
….A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminando o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo. Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira
Rubens Alves
primavera?
Olha ai a primavera que estamos tendo por aqui!!!
esta foto foi tirada da minha janela ontem a tarde. hoje continua frio e nublado e haja melancolia. o Paul ta no Mexico e so volta sexta-feira e eu vou me contentar em dormir sem meu cobertor de orelha. mas nem tudo esta perdido. como se diz ai, pior eh na guerra! vou pedir um pouco do colirio alucinogeno do simao e tudo fica resolvido!